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Aos 60 anos e 40 milhões de atendimentos, CVV segue na prevenção do suicídio


Falar abertamente sobre suicídio continua essencial à prevenção e reforça importância do Setembro Amarelo e do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio


Data de Publicação: 31/08/2022 10:32:17 | Jornalista: Murilo Surian
Categoria: Notícias | Cidades: Rio do Sul, Ituporanga, Presidente Getúlio, Presidente Nereu, Lontras, Braço do Trombudo, Trombudo Central, Pouso Redondo, Agronômica, Aurora, Atalanta, Chapadão do Lageado, Petrolândia, Laurentino, Witmarsum, Rio do Oeste, Mirim Doce, Vidal Ramos, Imbuia, José Boiteux, Taió, Salete, Ibirama, Agrolândia, Dona Emma, Santa Terezinha, Rio do Campo, Vitor Meireles, Leoberto Leal

Há 60 anos, falar sobre prevenção do suicídio era algo muito mais complexo do que atualmente, pois os tabus e preconceitos existentes eram maiores e mais difíceis de serem rompidos. Foi nesse ambiente que nasceu o CVV, serviço gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional.

Daquela época até hoje, muita coisa mudou facilitando a conversa aberta sobre o assunto, com destaque à criação do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio e do Setembro Amarelo. São momentos especiais para lembrar à sociedade a relevância do assunto e a importância de se tratar o tema com transparência e seriedade e, com isso, trabalhar para se reduzir a triste estatística que aponta que a cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida.

Neste ano, o CVV vai concentrar seus esforços junto à comunidade com palestras, rodas de conversa e informações sobre os cuidados com a saúde emocional e a importância de se falar sobre sentimentos, conversar com pessoas próximas e, se necessário, procurar ajuda profissional.

Na sua trajetória de 60 anos, mais de 40 milhões de atendimentos sigilosos foram realizados pelo CVV, sempre de maneira acolhedora e sem julgamentos. “Nossa história prova que o assunto é relevante e sempre atual”, comenta Carlos Correia, voluntário do CVV. “Nascemos quando a forma de comunicação mais eficiente era o telefone e hoje temos mídias sociais; passamos por diferentes momentos políticos, econômicos e sociais; vivemos uma pandemia; vivemos desastres naturais ou provocados pelo ser humano e, em todas as situações, nossa essência continua a mesma e as pessoas continuam precisando de apoio emocional e um ambiente seguro para desabafarem”, complementa.

Com esse tema, demonstrando as principais mudanças sociais ocorridas nesses 60 anos, o CVV criou um vídeo apresentando a importância de se estar disponível para conversas acolhedoras.

“Milhares de pessoas já foram treinadas pelo CVV e atuaram ou atuam como voluntários nesses atendimentos, pois sempre fomos e continuamos sendo formados exclusivamente por pessoas voluntárias. Gente como a gente, que tem sentimentos e emoções e se coloca em posição de compreender o momento de outra pessoa, sem querer dar conselhos ou fazer críticas”, explica Carlos.

Sobre o CVV
O CVV presta serviço voluntário e gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de 3,6 milhões de atendimentos de 2021 foram realizados por cerca de 4.200 voluntários em mais de 120 postos de atendimento pelo telefone 188 (sem custo de ligação), ou pelo site www.cvv.org.br, via chat e e-mail apoioemocional@cvv.org.br, além de carta. A entidade realiza também ações presenciais (temporariamente suspensas devido à pandemia), como palestras e Curso de Escutatória. O CVV é uma entidade financeira e administrativamente independente, mantendo-se por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas – para colaborar, acesse https://www.cvv.org.br/colabore

Sobre o suicídio
O suicídio é um problema de saúde pública que mata pelo menos um brasileiro a cada 45 minutos, mais do que o HIV e muitos tipos de câncer. O movimento Setembro Amarelo, iniciativa brasileira para ampliar o impacto do dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, foi iniciado em 2015 para sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão. Para saber mais, acesse www.setembroamarelo.org.br
* Dados do Ministério da Saúde

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