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Não ao PL do Veneno marca Dia Mundial de Luta contra os agrotóxicos na Capital


O evento, do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FCCIAT), começou pela manhã com uma roda de conversa e segue à tarde na Câmara de Vereadores


Data de Publicação: 04/12/2018 08:51:44 | Jornalista: Sindréia Nunes
Categoria: Notícias | Cidades: Rio do Sul, Rio do Sul

Foto: divulgação
Foto: divulgação

Uma roda de conversa sobre consumo agroecológico deu início à programação de Santa Catarina no Dia Mundial de Luta contra os Agrotóxicos. Representantes da sociedade civil e de entidades envolvidas com a questão da agricultura se reuniram, nesta segunda-feira (3/12), em frente a Catedral Metropolitana de Florianópolis para discutir sobre as possibilidades de produção e de consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos e sobre as consequências que o "PL do Veneno", PL n. 6.299/2002, pode causar caso seja aprovado pelo Congresso Nacional.

"A ideia do evento foi sair da sede do Ministério Público, onde sempre são realizadas as reuniões, para vir para rua. Queremos informar a sociedade sobre a tramitação desse Projeto de Lei, que se aprovado trará sérios riscos à saúde dos cidadãos, sobre as possibilidades que hoje existem de produção e de consumo, para desmitificar essa ideia de que o agrotóxico é imprescindível para produção de alimentos", explicou a Presidente do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FCCIAT) e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MPSC, Promotora de Justiça Greicia Malheiros.

A roda de conversa foi conduzida pelo vereador da Capital Marquito e pelos representantes do Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (LACAF), do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (CEPAGRO), do assentamento da Comuna Amarildo de Souza, que realiza entregas de cestas agroecológicas, e do Projeto Revolução dos Baldinhos, que trabalha com gestão de resíduos e agricultura urbana.

Cada um dos participantes falou também sobre suas estratégias de produção e acesso aos alimentos, buscando trocar experiências e informar a população sobre a importância de aproximar o consumidor do produtor.

A atividade faz parte de um ato público organizado pelo Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FCCIAT) e coordenado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) que segue durante todo o dia em Florianópolis.

Às 16h, na Câmara Municipal, haverá uma palestra com o médico Pablo Moritz, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), que falará sobre os impactos do consumo de agrotóxicos para a saúde. Logo após, acontecerá uma solenidade de entrega do Dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) para os vereadores de Florianópolis. Segundo o Dossiê, no Brasil - que pelo décimo ano consecutivo lidera o ranking de maior consumidor de agrotóxicos no planeta - 64% dos alimentos estão contaminados por agrotóxicos. A ideia é sensibilizar os representantes Legislativos com a apresentação desses e de outros dados.

A partir das 17h, em frente à Catedral, Rogério Dias, que faz parte da diretoria da Associação Brasileira de Agroecologia, encerrará o evento com uma palestra sobre os retrocessos que o PL do Veneno traz em seu texto, além de comentar sobre um Projeto de Lei de iniciativa popular que está sendo construído para criar uma política nacional para a redução de agrotóxicos.

"É exatamente um contraponto a PL do veneno, a proposta não é facilitar o registro de agrotóxicos, mas criar um mecanismo no país para que cada vez a gente use menos agrotóxico na nossa agricultura e nos nossos alimentos", comentou Rogério, que também esteve presente na roda de conversa.




Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

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